Quando temos a audácia de contornar estas proporções e as regras comuns da linguagem arquitetónica, pode-se introduzir em uma obra, uma precisa sensação, que abate os preconceitos do imaginário coletivo, transformando a liberdade da composição arquitetónica, em poesia.
O projeto da Casa do Horizonte quer fazer isso, comprimindo e dilatando as proporções do espaço difunde-se uma sensação de paz, diminui a tenção, o olhar acalma-se e quem habita a casa vive essa mesma distensão.
O projeto, portanto, segue a longa linha do horizonte, interrompida somente por um vazio que é um intervalo, uma fuga, uma pausa, o seu centro, rigorosamente não baricêntrico.
Esta interrupção à longitudinalidade da casa, hospeda a grande zona de viver, que graças aos seus envidraçados, elimina o limite entre interior e exterior, porque um é a continuidade do outro, tornando-se um único espaço aberto.
Esta pausa arquitetónica sai do longo volume, graças à continuidade do seu solarium, estendendo-se ortogonalmente em direção à paisagem, introduzindo uma nova axialidade à linha principal.
Neste artigo
PISCINA E ZONA DE DIA
Imagem: Simone Antonelli Images
SALA DE ESTAR E JANTAR
Imagem: Simone Antonelli Images