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Os proprietários já tinham a maioria do mobiliário e objetos de decoração. São colecionadores de obras de arte, não pelo seu valor e pelos seus autores, mas pelo seu gosto pessoal e por aquilo que as obras representam a nível sentimental. Na sua maioria estão associadas a viagens.
Procurou-se, assim, reabilitar e valorizar o apartamento e, ao mesmo tempo, adaptá-lo a estas memórias e/ou recordações e ainda ao mobiliário existente. O Duplex tem uma boa exposição solar e o ambiente monocromático torna o espaço sóbrio e confortável. Para quebrar o excesso de luminosidade revestiram-se as paredes opostas às janelas a negro Cemento di Luna.
Tudo o resto ficou branco e luminoso. Dividiu-se a sala de estar da área de jantar através de uma porta de correr de enormes dimensões. Mais do que uma porta, criou-se uma parede móvel. A cozinha, não sendo um espaço generoso, sofreu profundas alterações. Revestiram-se as paredes e o pavimento a microcimento e remodelou-se todo o mobiliário. As alterações mais significativas deram-se ao nível do segundo piso. A escada de acesso foi totalmente redesenhada, assim como o corredor de acesso aos quartos.
Na suíte do casal, criou-se um ambiente mais sofisticado, com espaço destinado a closet e outro à casa de banho, esta com paredes totalmente revestidas a mármore de Carrara e novas loiças sanitárias. Apostou-se ainda, na intemporalidade e na resistência dos materiais, nos objetos que envelhecem mas não passam de moda.
De um ponto de vista conceptual e formal, o interior adotou um estilo contemporâneo em que predominam as linhas depuradas, geométricas e as tonalidades escuras e claras, bem como os registos de memória.Arquitetura de Interiores: Nuno Ladeiro Design: Claudia Campos