Neste artigo
- Como a crise impactou o setor?
- Inquérito sobre o impacto do Covid-19
- Adaptação e recuperação do setor
- A digitalização do setor
Como a crise impactou o setor?
Apesar do Estado de Emergência, o sector da construção civil não foi o mais afectado, tendo-se mantido em operações com os seus profissionais a reorganizar a sua forma de trabalhar, tomando as devidas e recomendadas medidas de proteção em obra, tendo também otimizado o processo de trabalho remoto através das plataformas digitais. O Estado de Emergência, decretado no dia 18 de Março em Portugal e tendo-se prolongado até ao mês de Maio, determinou que o sector da construção civil poderia continuar activo podendo algumas empreitadas serem suspensas, total ou parcialmente, mas por motivos de força maior, podendo algumas obras verem os seus trabalhos atrasados de acordo com o prazo previsto para a sua conclusão, por exemplo.
Devido a estas alterações ao modo de funcionamento, pode-se considerar que o impacto da pandemia neste sector é muito grande, embora não existam dados concretos e contabilizados que o confirmem. Ainda assim, as associações do sector da construção, a AICCOPN (Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas) e a AECOPS (Associação de empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços) elaboraram uma proposta de um plano de acção que foi enviado ao Governo com medidas urgentes e específicas com o título “Criar Resiliência na Indústria da Construção – Um projeto para a continuidade no âmbito da Covid-19”.
Nesta proposta foram descritos um conjunto de acções com o objectivo de prevenir os trabalhadores do risco de contágio, permitindo a continuidade do exercício da actividade, nas devidas condições de segurança, evitando assim a suspensão de trabalhos durante este período. O objectivo é garantir a sustentação da empresas e profissionais, sendo esta a base para se iniciar a retoma económica. Como forma de ajudar as empresas de construção, as associações elaboraram um conjunto de recomendações que as estas podem adoptar para continuar a prevenir contágios e dar boas condições de trabalho em obra, permitindo assim que a actividade da construção civil continue activa.
Inquérito sobre o impacto do Covid-19
Um inquérito efetuado pelo INE - Instituto Nacional de Estatística com as empresas do setor e divulgado pela AECOPS (Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços) e pela AICCOPN (Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas), conclui que:
-
Até 24 de abril, 91,5% das empresas mantinham-se em atividade parcial, 8% suspenderam temporariamente a atividade e 0,5% encerraram definitivamente;
-
62,9% das empresas registaram uma redução no volume de negócios e deste total, 55,65% deu conta de uma redução entre 10% e 50% na faturação;
-
Um terço das empresas respondeu que a descida da faturação foi a superior a 50%;
-
69,5% das empresas referiram as restrições no contexto do estado de emergência e 59,8% a ausência de encomendas como motivos para a descida da faturação;
-
Os problemas na cadeia de abastecimento são referenciados como tendo muito impacto por 29% das empresas e a falta imprevista dos trabalhadores foi indicada em 12,3% das respostas;
-
A maioria das empresas não utilizou nem planeia recorrer às medidas de apoio apresentadas pelo Governo;
-
5,2% das empresas só poderão permanecer em atividade até 1 mês, 22,3% até 2 meses, 20,1% de 3 a 6 meses. Apenas 17,6% das construtoras dizem ter capacidade para manter a atividade num prazo superior a um semestre.
Se tem interesse em responder à este inquérito, clique aqui!
Adaptação e recuperação do setor
Apesar de algumas dificuldades de adaptação a esta nova fase, o sector ao pouco que se vem a recompor. De um modo geral, Portugal continua ainda a ser um local muito apetecível para os investidores que têm liquidez financeira e vão certamente aproveitar uma possível queda no preço dos imóveis. Para quem procura financiamento particular haverá tendência para que, gradualmente, as entidades bancárias e financeiras ganhem a confiança e reorganizem o acesso ao crédito, principalmente para a realização de pequenas e médias obras numa fase inicial e posteriormente tudo irá voltar à normalidade.
Este período de recolhimento obrigou as pessoas a viverem a sua casa de uma forma mais intensa e muitas optaram por optimizar a forma como a casa funciona para poderem viver com maior conforto e de forma mais funcional. Com isto tem havido alguma procura por profissionais nas mais diversas empreitadas. Outras pessoas decidiram que necessitavam de uma nova casa e tem havido também uma procura por arquitectos no sentido de procurarem a viabilidade para execução de novos projetos e obras particulares.
Neste campo de continuidade da actividade do sector da construção civil contribuiu o desenvolvimento dos processos digitais e serviços remotos, tendo as empresas ligadas ao sector da construção civil adoptando medidas de contacto com os clientes à distância, familiarizando-se assim com o mundo digital, tão importante nesta era de modernidade e desenvolvimento tecnológico.
A digitalização do setor
O portal da Habitissimo, desde a sua criação, tem tido uma forte contribuição para a digitalização do sector da construção civil, tendo sido fundamental na relação entre o cliente e o profissional da construção, disponibilizando um directório de profissionais experientes em todos os subsectores da construção civil, garantindo empresas para todas as categorias de serviços procurando dar resposta de uma forma prática e directa a todos os tipos de obras.
No portal da Habitissimo é possível consultar guias de preços que ajudam na previsão de um orçamento geral para as obras, além disso, o portal da Habitissimo conta com uma grande comunidade de clientes e profissionais e um fórum destinado a esclarecer todo o tipo de dúvidas e questões relacionadas com materiais, processos de construção e orçamentos.