O encanto e magia das casas antigas inigualáveis. As madeiras, a traça exterior, a história que respiram….No entanto, sabemos bem também que é necessário garantir uma correta e constante manutenção dos espaços, evitando que haja grandes problemas e degradações.
Se vive numa casa antiga ou pretende comprar uma mas não sabe bem por onde começar no que toca a sua remodelação, não procure mais - este artigo é mesmo para si! Conheça os principais passos a ter em conta e inspire-se ainda com algumas sugestões de ‘faça você mesmo’ que temos para partilhar.
Neste artigo
Necessidades
O primeiro passo no que toca a remodelação de uma casa antiga é mesmo o de levantamento das necessidades. É preciso ter a clara noção que a reabilitação de uma casa antiga requer cuidados especiais, não só pelas suas características funcionais e construtivas, como pela manutenção da sua estética. Com isto em mente, deve ser realizada uma avaliação pormenorizada e especializada do estado do imóvel, onde devem ser incluídas eventuais estados de degradação, falhas de resolução obrigatória, áreas de intervenção mais urgente e respetivas soluções.
Para que este passo seja dado sem falhas não deve deixar de solicitar a ajuda de especialistas na área. Só assim terá a certeza das reais necessidades de reabilitação da casa, bem como será mais fácil priorizar os trabalhos a desenvolver.
Tipos de obras
Existem diversos tipos de obras no que toca a remodelação de casas antigas, tipos esses que estão inclusivamente tipificados pela legislação portuguesa:
- Obras de pequena reorganização espacial: neste caso, falamos de alterações que não mexem com a localização, o número de compartimentos em mais do que um, a forma ou dimensão das escadas, a dimensão do corredor interior, o número de habitações ou o número de pisos. Podemos dizer que são os tipos de obra mais ‘simples’;
- Obras de grande reorganização espacial: estas sim já aportam mudanças substanciais do imóvel e praticamente todas elas necessitam de autorizações especiais para serem efetuadas;
- Obras de ampliação: o terceiro tipo resulta no aumento da área de implantação, da área total de construção, da altura da fachada ou do volume de uma edificação existente;
- Obras de reconstrução: finalmente, este tipo de obras são aquelas que resultam de uma demolição total ou parcial da edificação em que é necessário reconstruir a sua estrutura e fachada.
Licenças
Tendo em conta o tipo de obras, pode ou não ser necessário obter determinadas licença, sob risco de incorrer em multas muito avultadas e até mesmo na obrigação de destruir tudo o que tenha feito até ao momento e não esteja licenciado. De forma resumida e global, o pensamento deve ser o seguinte: tudo o que envolve alterações de fachada, exteriores ou de elementos estruturais, exige um pedido prévio de licença. No caso de falarmos de obras interiores (incluindo algumas demolições que não alterem a fachada exterior), só é necessário uma informação à entidade reguladora. No entanto, para que não sobrem dúvidas, antes de iniciar a remodelação, marque uma reunião nos serviços camarários da sua residência para que não tenha surpresas desagradáveis.
Pode interessar:Pequenas obras que não precisam de licenças
Apoios
Uma outra pergunta fulcral: existem apoios para este tipo de reabilitação? E a resposta vai animá-lo: existem sim. Novamente, os serviços camarários podem ser uma excelente fonte onde recorrer e informar-se de tudo a que se pode candidatar. Na impossibilidade de obter informação concreta, pode também equacionar a contratação de ajuda de um consultor na área e lembre-se: o que investir nos seus honorários pode ser bem inferior ao que poupa nos apoios e fundos que conseguir para as suas obras de remodelação.
A título de exemplo, foi recentemente lançado o Programa Casa Eficiente 2020, uma iniciativa e uma medida do XXI Governo Constitucional da República Portuguesa que visa conceder empréstimos em condições favoráveis a operações que promovam a melhoria do desempenho ambiental dos edifícios de habitação particular, com especial enfoque na eficiência energética e hídrica, bem como na gestão dos resíduos urbanos. Entre os vários programas existentes encontra-se também o IFRRU 2020, que consiste num instrumento financeiro de apoio à reabilitação urbana para pessoas singulares ou coletivas e entidades públicas ou privadas, incluindo condomínios.
Custos
Os custos constituem um capítulo bem importante na hora de remodelar a sua casa antiga - afinal, é necessário ter bem presente quanto temos disponível para gastar e quanto precisamos para completar todas as nossas ideias de alterações e recuperações. Na hora de escolher a empresa para avançar com a obra, deve ter em conta os preços praticados. Existe até uma portaria publicada pelo Governo Constitucional onde são definidos os custos-padrão de obras de reabilitação, que servir de ‘guia’ para avaliar com maior rigor os diferentes orçamentos que receber. A título de exemplo, a instalação de um painel fotovoltaicos pode custa cerca de 40 euros o metro quadrado, a instalação de um sistema de aquecimento centralizado ou de arrefecimento ronda os 300 euros e obras gerais em interiores com alteração de divisórias poderá ter um custo de 200 euros o metro quadrado.
Ideias DYI?
Nem todas as remodelações na sua casa antiga exigem demolições e alterações estruturais. Se a sua habitação não tiver nenhum problema de fundo e estiver apenas à procura de lhe dar uma nova roupagem e um upgrade, existem várias sugestões de DYI (faça você mesmo) que conseguem dar esse ‘tchanan’ que procura sem que gaste muito dinheiro ou implique alterações profundas. Para fazer uma obra visualmente apelativa olhe à sua volta e analise que peças ou móveis poderia reaproveitar e dar uma nova vida. Não faltam vídeos de tutoriais na internet verdadeiramente inspiradores e fáceis de implementar!
Um pintura geral de todas as divisórias, a substituição do piso ou a simples modificação da posição do mobiliário podem também ser uma excelente forma de remodelar a sua casa antiga.
Veja aqui 6 ideias de cores para a sua casa em 2020!