O calor já foi embora e é preciso começar a preparar o nosso lar para os dias frios. De facto, escolher o melhor tipo de aquecimento para a nossa casa é um desafio. A boa notícia é que ainda estamos a tempo de considerar outros sistemas de aquecimento. Conheça as opções que existem e quais as vantagens e inconvenientes.
Neste artigo
- #1. Sistema de caldeira de gás
- #2. Piso radiante: eléctrico, de água ou fibras de carbono
- #3. Aquecimento eléctrico
- #4. Bomba de calor
- #5. Emissores termoeléctricos ou radiadores de azeite
- #6. Aquecimento em pelotas
- #7. Chaminés de bioetanol
#1. Sistema de caldeira de gás
- É o sistema mais utilizado em Portugal, sobretudo em moradias que não são de nova construção. De facto, muitos edifícios têm aquecimento central com este sistema. Algo que mudaria com a directiva europeia 27/2012/UE que exige que todos os sistemas de aquecimento venham com medidores individuais de consumo para melhorar a sua eficiência energética.
- Neste sistema o calor produz-se mediante a queima de combustível (seja gás natural, gás propano ou gasóleo C) numa caldeira situada num espaço específico dentro do edifício ou da casa e que se distribuiu pelos radiadores através de condutas de água.
- Dependendo do sistema utilizado para aquecer a água, o sistema é mais ou menos limpo e seguro.
- O gás natural é a energia mais limpa e segura a um custo médio. Aliás, não há que o armazenar em casa ou no edifício porque vem de fora.
- O gasóleo C deve-se armazenar em tanques dentro de casa e é uma energia contaminante e suja. Não obstante, é uma boa escolha para aquecer lugares grandes.
- O gás propano é mais potente que o gás natural mas requer manutenção porque se armazena em depósitos no exterior da casa. É ideal para casas grandes ou casas alojadas em núcleos urbanos.
- Hoje em dia existem radiadores de água com design para serem melhor integrados na decoração da casa.
#2. Piso radiante: eléctrico, de água ou fibras de carbono
- Consiste numa instalação de cabos ou tubos que vão por baixo do chão e por lá circula água quente ou eletricidade que irradia calor para toda a casa, debaixo até acima, através do solo. O sistema funciona com fibra de carbono, é mais moderno e o calor transmite-se por filamentos de fibra de carbono instalados debaixo do chão.
- É o sistema mais confortável para zonas com um clima muito frio já que o calor é uniforme em toda a casa e não seca o ambiente.
- O piso radiante tem a vantagem de poupar entre 10 a 30% comparado com um sistema de aquecimento tradicional, de caldeira de gás com radiadores de água.
- A principal desvantagem é se a instalação não ter sido previamente feita, requer fazer obras e será preciso levantar o chão.
- É um sistema invisível e assim não afecta nada a decoração da casa. Pode-se instalar praticamente em qualquer tipo de piso. Importante sempre contar com a experiência de um profissional.
#3. Aquecimento eléctrico
- É outro dos sistemas de aquecimento mais habituais em Portugal porque a sua instalação é muito simples, segura e não necessita de manutenção.
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A eletricidade converte-se em calor graças às resistências que existem dentro de cada radiador.
- Os radiadores podem ser dispositivos tipo estufas que se podem guardar quando já não se usem ou que tenham o formato de um radiador de aquecimento tradicional pegado à parede.
- Servem para aquecer uma zona muito específica, como por exemplo, a casa de banho. Mas não são a melhor opção para aquecer grandes espaços ou para estarem acesos durante muitas horas já que consomem muita eletricidade. Como sistema de aquecimento para uma moradia inteira só deveria ser recomendado se se pudesse acomodar uma taxa eléctrica com distribuição horária.
#4. Bomba de calor
- Este sistema tem a vantagem de, com o mesmo aparelho e a mesma instalação, se pode aquecer ou esfriar uma divisão.
- Não obstante, é um sistema para usos pontuais, zonas com invernos muito suaves ou divisões reduzidas, já que o calor não permanece no ambiente; quando se desliga a bomba de ar o calor dispersa-se e desaparece. Aliás, seca o ambiente e gera ruído.
- Este sistema requer fazer a instalação a manutenção periódica dos filhos, igual à dos ares condicionados.
#5. Emissores termoeléctricos ou radiadores de azeite
- Este sistema conhece-se melhor por radiadores de azeite. Os radiadores contêm no seu interior um azeite térmico que se aquece mediante uma resistência eléctrica. Não obstante, é um sistema bastante seguro.
- Os radiadores de azeite pode ser estufas eléctricas que se podem transladar e conectar onde quiser ou mesmo como radiador de parede.
- Cada radiador é independente, de modo a que pode regular a sua temperatura de forma isolada e inclusive programar quando será ligado e desligado.
- O calor que emana é bastante agradável e não seca o ambiente. Uma vez apagados o seu calor residual continua a aquecer o espaço durante um tempo até que arrefeça progressivamente.
- No entanto, é um sistema para usos pontuais ou divisões mais pequenas pois a sua superfície não é muito grande e se se necessitam vários radiadores isso irá disparar o consumo eléctrico.
#6. Aquecimento em pelotas
- Sistemas de aquecimento em pelotas são formados por um biocombustível constituído por pequenos cilindros a partir de serradura natural, seca e comprimida que é extraída a partir de restos florestais ou industriais com um elevado poder calorífico. São uma alternativa mais ecológica a outras fontes de energia precedentes de combustíveis fósseis.
- É um biocombustível económico (de momento) ainda que se espere que antes da crescente procura o seu preço suba.
- Aquecimento em pelotas necessita menos potência para alcançar o mesmo conforto térmico que os outros combustíveis.
- As caldeiras em pelotas ocupam mais espaço que as convencionais. E tanto as caldeiras como as estufas precisam de uma saída para fumos.
- Praticamente o único inconveniente do sistema de aquecimento em pelotas é que os sistemas que funcionam com esta matéria prima são mais caros que uma caldeira ou estufa convencional.
Veja também: Salamandras, lareiras e recuperadores de calor: os prós e os contras destes sistemas de aquecimento
#7. Chaminés de bioetanol
- O bioetanol é uma energia limpa, é um álcool biológico que se obtém a partir de restos agrícolas. Não contamina e é inodoro.
- As chaminés de bioetanol são como um móvel mas podem-se colocar em qualquer lugar da casa e não necessita de fichas ou ventilação.
- Os seus modelos de design são muito decorativos, ideias para quem ama a estética e a magia das chaminés.
- Podem-se converter em chaminés convencionais em uma de bioetanol.
- É um sistema ideal para aquecer uma divisão específica como a sala de estar. Mas não para aquecer a casa toda a não ser que se adquiram várias chaminés.
- O principal inconveniente é o preço ado bioetanol, que é mais caro que o petróleo.
há 6 anos
Olá boa tarde, a minha ideia era se é possível numa casa já construída com solo em ladrilho rectangulares ou quadrados se colocar as tubagens tipo serpentina de agua quente ou colocar os fios eléctricos em cima nesse mesmo solo, mas depois revestir por cima colocando um solo em madeira ( SOALHO ). Em relação às portas obviamente tem que se reduzir na base de cada porta a medida da diferença visto que o solo subiu o nível. Assim sendo não precisa tirar o solo existente. Penso eu.
Quais os custos da serpentina eléctrica por metro linear ? E acha que é viável ? Fico a aguardar a vossa resposta com os meus agradecimentos por antecipação e cumprimentos. Zé filipe